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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Casar pelo melhor preço

Tive o prazer de ser convidada para contribuir em uma matéria sobre casamento, dando dicas sobre como baixar um pouco o orçamento da festa. Dentre os destaques encontrados pela jornalista, ressalto o ponto da festa colaborativa, aquela em que cada amigo ajuda como pode, seja fazendo um das receitas usadas no buffet ou itens usados na decoração. Entre o que eu pontuei, estão duas palavras: planejamento e pesquisa. Quanto mais dos dois, é possível encontrar o que se quer pelo melhor preço e, ainda, sem ultrapassar o seu orçamento.


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Do salão até a noite de núpcias

Sem preocupação com estacionamento ou trânsito, o aluguel de carro ou de motorista faz todo o serviço

Quem conduz a noiva da porta da igreja até o altar é o seu pai. Porém, geralmente este não é o mesmo atrás do volante do carro que a traz no dia do casamento. Para fazer o percurso básico de pegar no salão, ir até o buffet para bater as fotos individuais, levar até a igreja para a cerimônia religiosa e retornar ao buffet para a festa, muitas vezes profissionais são solicitados.

Na Vip Valet, dos 97 motoristas cadastrados na empresa, doze são treinados somente para atender casamentos. Em janeiro, maio, julho, outubro e dezembro, vistos como alta temporada, chegam a atender 14 eventos por dia nos fins de semana.

Dos seis carros, o Hyundai Sonata é o mais procurado, pelo custo de R$ 700,00, em média. Há ainda o Toyota Corolla, Ford Fusion, Hyundai Azera, Chrysler 300c e o Honda Civic, opção mais barata de R$ 350,00.

O pacote mais solicitado foi o citado no começo da matéria. O valor fica mais caro se incluírem ida para a noite de núpcias.

Principalmente quando a noiva decide por um modelo específico de carro ou uma data muito solicitada, a antecedência é imprescindível. Roberto Jucá, dono da empresa, afirma ter noivas já para 2016. Não tendo nenhum carro em mente, pode ser três a quatro meses antes do casamento.

Na Alfa Service, a antecedência é um pouco maior devido a disponibilidade dos carros. Pede-se em torno de um ano.

Há três opções: Honda Civic, Ford Fusion com teto solar e Toyota Corolla, sendo o segundo o mais escolhido por conta das fotos batidas de cima.

O valor depende do carro e do trajeto feito, podendo variar entre R$ 280,00 e R$ 600,00. Com o Civic, por exemplo, o percurso salão, igreja e buffet, é de R$ 280,00. Se incluir o buffet entre o salão e a igreja, o custo sobe para R$ 320,00. Com o Fusion, nas respectivas condições, é R$ 400,00 e R$ 450,00.

Bem acompanhada

Para quem gosta de mais espaço e serviço durante o trajeto, há as limousines. Também escolhida nas ocasiões de despedida de solteira, elas são opção, principalmente, para as que gostam de compartilhar o mesmo espaço dos noivos no carro com os padrinhos no caminho até o buffet.

O pacote com quatro horas da Ford F250 preta para doze pessoas é R$ 1.800,00 ou, por uma hora, R$ 700,00. Na Mercedes C240 branca para sete pessoas, é R$ 1.500,00 quatro horas ou R$ 600,00 a hora. Há ainda a Grand Blazer Pink para dez adultos, por R$1.800.

Quem oferece o serviço é a Sunshine Limousines, ela ainda dá opção a noiva do Chrysler 300c blindada. Por quatro horas, o valor é R$ 750,00. Todos os pacotes incluem o adesivo da placa, tapete vermelho na saída da noiva e espumante, refrigerante e água no interior do veículo.

Para agendar, quanto antes melhor, já recebem para 2015.

Só o serviço

Quando o automóvel não é o problema, algumas empresas oferecem apenas o serviço do motorista. Na Vip Valet, para o trajeto básico, o valor cai para R$ 170,00. Na Alfa Service, é R$ 150,00. Se for para entender e conduzir os noivos até o local da noite de núpcias, sobe para R$ 200,00.

De longe
Àqueles que querem anunciar a distância que se trata de um veículo levando a noiva, pode apostar na placa personalizada. Ao final da festa, ela pode ser guardada como mais um item de recordação.

Com um formato único com o nome dos noivos em letras garrafais, unidos por um coração, está a placa da Vip Valet. Exibindo ainda a data da cerimônia, o produto é adesivado, sendo fixado no carro, por cima da placa original, antes da chegada da noiva na igreja e no buffet. Segundo Roberto, a procura é alta. A cada dez noivas, oito encomendam. É indicado pedir no mínimo um mês antes, o custo é de R$ 60,00. Na Alfa Service, a adesivada custa R$ 80,00, mas é possível escolher o desenho, com a caricatura dos noivos. A estampada, o formato é único, muda só a cor. O valor é R$ 50,00 e pode pedir com até dez dias.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

O antigo no casamento moderno

Renata Moraes foi minha personagem na matéria.
Ela vai casar em junho e já garantiu o carro do seu pai,
que é colecionador e um dos sócios do Museu Foto: L.C Moreira
Para as donzelas que querem fugir do carro executivo e recorrer ao passado automobilístico em sua condução nupcial, eu tenho uma dica. Primeiro, uma pergunta:  vocês conferiram o caderno Auto, do Diário do Nordeste? Não estou querendo divulgar minha matéria no jornal, mas o conteúdo da Para ver antiguidades em festas tem dois grandes nomes para quem deseja fechar o contrato de locomoção em grande estilo.

Acreditar que tem muita opção no Museu do Automóvel, é pura ilusão. Os mais de cinquenta carros exposto estão protegidos pelo ciúme e pelos cuidados de cada um dos proprietários, que só emprestam aos amigos, sem mencionar que é ainda com muito receio e peso na consciência. O único dos oitenta sócios que dispõe-se a alugar é o presidente Osmundo Pontes (85-9983-3306). 

A sua frota contempla oito modelos, dentro dela estão:  Lincoln Conversível 1947, Puma GTS 1981, Jipe Ford 1974, Cadillac Limousine 1940, Cadillac Conversível 1954 e Garden Conversível 1927. Todos são originais da época. O valor do aluguel é R$2.000, pagos adiantados, que inclui também motorista, carro polido e tanque cheio. 

Quem também empresta os seus raríssimos veículos, porém não se encontra dentro os nomes do Museu, é o colecionador e empresário Pedro Bezerra (85-9981-2113/8831-2113), que é proprietário da empresa Noiva Chic na Hora.

Os seus carros são: Mercedes rabo de peixe 1967, Mercedes 500 FE 1982, Mercedes E320 1997 e Jaguar XJ40 1947. Todos tem o mesmo preço na tabela, variando o orçamento apenas pelo trajeto percorrido. O menor, que inclui o traslado salão de beleza para a igreja, custa R$ 300,00. Esse valor pode alcançar até os R$ 800,00 quando é feito o percurso: salão, buffet, igreja, buffet e hotel. Se acrescentar outros trajetos, como aeroporto, o preço pode atingir até R$ 1.000.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

As pétalas do ofício VI

Para não prolongar tanto uma mesma postagem, dividi a matéria As pétalas do ofício em seis etapas. Esta é a sexta e última parte. Essa matéria foi publicada na revista A Ponte - edição Mulheres - neste mês de outubro de 2010

O caminho ao matrimônio

Igreja, padre, alianças, bufê, vestido, buquê, maquiagem. Esses são alguns dos tantos detalhes que são vistos com antecedência e dedicação pela noiva. “Tendo um bom noivo e certa quantia, dois dias são possíveis”, palpita Fátima. Mas o que prezam os profissionais da área é preparar-se, no maior tempo possível, para realizar o casamento dos sonhos. “Quanto mais tempo, melhor. Casar com menos de um ano é loucura. Menos eu não recomendo”, enfatiza o cerimonialista César Serra.

Antes de comparar preços e serviços, deve-se definir a data e fazer a lista de convidados. Depois, é indicado escolher a igreja e o local da recepção e garantir o seu dia. Durante todo o período de preparação, o mais importante é ver referências e indicações de profissionais com os amigos e familiares ou com o próprio cerimonialista contratado.

Serra define a sua profissão como um maestro que não tem direito a erros. “É a pessoa que vai auxiliar a noiva, por isso tem que entender tudo para poder dar opinião. Adoecer não nos pertence”, explica. Também acha necessário não fazer economia com fotografia e filmagem e se ater a detalhes como o convite. “É o cartão de visitas do casamento. A qualidade dele diz até o traje que a pessoa tem que usar”.

E quanto ao perfil do casamento, o tradicional ainda se mantém em alta. “Sempre querem inovar, mas nunca conseguem tanto. As noivas têm medo de inovar demais e deixar de ser um casamento”, esclarece Lidiane Vieira. Através de objetos personalizados, como lembrancinhas e porta-guardanapos, tentam mostrar um pouco de si nos detalhes da festa. Explica Vitório Rodrigues que os noivos tentam romper com a tradição, pois querem trilhar o próprio caminho, ter um diferencial.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

As pétalas do ofício V

Para não prolongar tanto uma mesma postagem, dividi a matéria As pétalas do ofício em seis etapas. Esta é a quinta parte. Essa matéria foi publicada na revista A Ponte - edição Mulheres - neste mês de outubro de 2010

Romantismo no mercado

O casamento virou uma indústria que move diferentes setores empregatícios: decoradores, cerimonialistas, músicos, fotógrafos e outros serviços terceirizados. Tornou-se, para alguns, sinal de status exibir os valores abusivos dos seus contratos, tanto que não são poucos os noivos que fazem questão de mostrar o resultado de seu planejamento e alto custo em colunas sociais ou na televisão. Um exemplo disso é o programa Noivos In Foco, que é produzido por Bello Produções e Old Produções, e transmitido há cinco anos pela TV União.

Maurício Aquino, produtor e responsável do departamento comercial desse programa, revela que o programa já motivou diversos casais a oficializar a união com o pacote completo. “Eu estou gastando mais de 60 mil reais no meu casamento e não passar no Noivos In Foco é a mesma coisa que eu comprar uma Ferrari e não poder andar para mostrar para os meus amigos”, relembra ele o relato de uma das noivas participantes.

O Fest Noiva Ceará também é uma prova do crescimento do mercado. Desde 2007, quando foi a sua primeira edição, esse evento tomou tamanhas proporções que, em seu terceiro ano, mudou a sede do Hotel Gran Marquise para o Centro de Convenções do Ceará. O projeto Fest Noiva foi idealizado pela empresa César Serra & Renato Nunes Cerimonial, há 16 anos, em Brasília, e tem Fortaleza como um sistema de franquia.

Entretanto, ainda se ressalta, nos dizeres dos padres, o valor do sacramento, significado primeiro da união. “Para a igreja é muito importante cultivar a tradição. E a sociedade também pede muito isso. Uma mãe não vai querer que a filha vá morar com alguém, vai querer que ela se case”, confirma Fátima Salvino, secretária da Igreja do Líbano.

A advogada Goretti Távora reconhece a beleza do casamento. “É o momento mais importante da vida, porque você passa a dividir com o outro o dia a dia, o sentimento e tudo de bom que você tem”. Entretanto, embora se emocione e veja encanto no matrimônio, seu desejo nunca foi esse. “Não sou contra, acredito profundamente na instituição do casamento. A minha família tem exemplos extraordinários, mas, independente disso, acredito que eu seja muito apegada às minhas convicções, de que, estando sozinha, você tem mais liberdade”. Cada um na sua casa e com sua privacidade, assim ela mantém o seu relacionamento há 18 anos com a mesma pessoa. “Se você tem um companheiro morando junto, você sempre tem que estar dando satisfação e vice-versa. Então, eu acho que a convivência estraga um pouco a beleza de viver junto”.

Ela não é a única a pensar dessa maneira. Assim como ela, há outros casos de namoros eternos sem dividir o mesmo teto, mas ainda é maior o número de mulheres que sonham em entrar na igreja e seguir o ritual.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

As pétalas do ofício IV

Para não prolongar tanto uma mesma postagem, dividi a matéria As pétalas do ofício em seis etapas. Esta é a quarta parte. Essa matéria foi publicada na revista A Ponte - edição Mulheres - nesse mês de outubro de 2010


“Eu aceito”
Parece uma transição simples, mas a tradicional pergunta, feita antes de qualquer planejamento matrimonial, faz qualquer mulher, até as mais incrédulas, ter uma ponta de dúvida sobre casamento. Afinal, ver o seu companheiro ajoelhar-se em sua frente e dizer: “quer se casar comigo?”, ainda faz parte dos sonhos de muitas mulheres. Pode-se considerar isso pelo aumento do número de casamentos. Segundo os dados mais recentes do IBGE, de 2007, foi registrado no Brasil um aumento de 2,9% com relação a 2006. Um total de 916.006 casamentos.
Segundo Fátima Salvino, é falsa a ideia da oficialização está em ruínas, pois a cada ano aumentam os números. São quase 300 celebrações por ano. Nos meses mais fracos, que fogem da “alta estação” de setembro a janeiro, são em média dez a quinze casamentos.
Enquanto na Paróquia São Vicente de Paulo, Erivalda Mendes, secretária do padre Raimundo Neto, afirma que, até 2011, não há mais sextas e sábados livres para marcar. “Quando a noiva chega à igreja para procurar uma data de casamento e a gente diz ‘não tem vaga’, ela fica admirada como tem gente casando”, comenta. Em 2009, foram registrados 155 casamentos, com destaque para dezembro e janeiro, os meses mais procurados devido à época das férias.
Quando Vitório Rodrigues, gerente geral do Hotel Gran Marquise, começou a trabalhar, em 2006, eram registrados, em média, quatro casamentos por ano no hotel. Atualmente, mesmo com as limitações de poder marcar apenas às sextas e aos sábados, o número aumentou para 80. Baseado nos dados do IBGE, ele falou, em palestra no Fest Noiva Ceará 2010, que a facilidade em se divorciar é também um fator que reflete nesse indicativo, pois em 2007 foi registrado um comparativo de que a cada quatro casamentos, acontece um registro de divórcio.

domingo, 31 de outubro de 2010

As pétalas do ofício III

Para não prolongar tanto uma mesma postagem, dividi a matéria As pétalas do ofício em seis etapas. Esta é a terceira parte. Essa matéria foi publicada na revista A Ponte - edição Mulheres - neste mês de outubro de 2010

Pré-casamento

Antes do casamento, há o tradicional pedido e, depois disso, começam os planejamentos. Antigamente, nesse processo de preparação, o noivo era simbólico. Não participava das reuniões e não opinava. Segundo Lidiane Vieira, cerimonialista há 12 anos na Oficina de Eventos, é pequena a quantidade de homens que acompanham suas noivas. “Ainda hoje, 90% são mulheres que planejam, mas tenho alguns casos que são os noivos que tomam a frente do casamento”.

Renata afirma que sempre quem a acompanha nas escolhas e fechamentos de contrato é a sua mãe e a do seu noivo, mas ele também tenta estar presente nesses momentos. “O Hilton está participando ativamente no casamento, porque é preciso comprometer o noivo também”, brinca. Mesmo tendo aumentado o número de homens que também se inclui nos preparativos, os profissionais ainda estranham quando atendem um casal e não somente a mulher. “Geralmente, quem se envolve mais são as noivas. A cerimonialista estranha ver o Hilton participando das reuniões, mas disse que ele não é o primeiro caso”.

Não é só em livros e em filmes que as cenas de casamentos, dos mais luxuosos aos mais delicados à beira do mar, encantam as mulheres e fazem-nas debulhar-se em lágrimas. Mantém-se na sua criação esse cultivo para a construção da família. Assim, tanto nos planos, quanto durante a celebração, as mulheres empenham, dedicam e emocionam-se mais com os casamentos. “O lado materno fala mais alto. A mulher por natureza já é materna. Ela é o encantamento, então o romantismo e a beleza é a essência feminina”, justifica Fátima Salvino, secretária particular do padre Monsenhor Philip Fouad e da Igreja de Nossa Senhora do Líbano.

“Casar é um sonho para a maioria das mulheres e eu sempre soube que iria casar. Eu sou romântica”, afirma a administradora de empresas Fabíola Coêlho, 38 anos. Depois de quatro anos de relacionamento, ela tornou-se, neste ano, noiva pela terceira vez. Fabíola nunca deixou de acreditar que encontraria uma pessoa para partilhar tristezas e alegrias, mesmo com dois outros casamentos de curta duração.

O termo “casamento” carrega em seu nome o significado de união. Entretanto, as revistas exploram mais vestidos de noiva e novas dicas de beleza em suas páginas. Em uma celebração religiosa e festiva, tudo é mais feminino: as flores singelas, as músicas românticas e os detalhes em cada arranjo de mesa. A entrada triunfal e as maiores atenções são reservadas para a entrada de um dos dois personagens principais da ocasião: a noiva.

sábado, 30 de outubro de 2010

As pétalas do ofício II

Para não prolongar tanto uma mesma postagem, dividi a matéria As pétalas do ofício em seis etapas. Esta é a segunda parte. Essa matéria foi publicada na revista A Ponte - edição Mulheres - neste mês de outubro de 2010

Troca de alianças

Ser anunciada, à porta da igreja, com a marcha nupcial e caminhar a passos curtos em direção a uma das manifestações da vida adulta são momentos marcantes na história da maioria das mulheres. Ao subir no altar, de véu e grinalda, e dizer o “eu aceito”, a noiva torna-se esposa. Ela passa a dividir novas experiências, um cotidiano, ao lado de quem escolheu.

A advogada Renata Pinto, quando mais nova, não se imaginava com o tradicional vestido branco, entretanto, agora ela tem 24 anos e durante a noite vira exclusivamente noiva.

Orçamentos divididos em pastas, cartões de visitas de diferentes empresas grampeados na agenda e revistas de casamento guardadas em uma estante do armário. Essa é a atual realidade do quarto e da vida de Renata desde o seu noivado em 7 de março de 2009. Ela reserva o horário depois do seu trabalho para se dedicar a entrevistas com fotógrafos, decoradores e cerimonialistas.

O jantar, no qual foi oficializado o pedido de casamento, foi realizado na própria casa dos pais da noiva, apenas para familiares e poucos amigos. Antes de todos começarem a se servir, o futuro noivo, Hilton Cohen, começou a falar dos quase seis anos de namoro. Em meio à descontração e lágrimas enxugadas dos convidados, ele se ajoelhou e perguntou: “Renata, como eu já pedi para os seus pais e para suas irmãs, eu queria saber se você quer casar comigo?”. O “lógico” foi a resposta e, com muita emoção e fotografias, a festa se prolongou até o fim da noite.

Um mês depois dessa ocasião, esboços da lista de convidados já eram feitos, entretanto, somente em agosto ela começou a procurar indicações de cantores e decoradores, por exemplo, e a se atentar mais aos detalhes do casamento alheio, como convite, cardápio e aspectos financeiros. “Agora eu não presto atenção somente nas emoções dos noivos. Já faço uma análise mais técnica e criteriosa da festa, para o que eu gostar utilizar na minha e o que não, melhorar para que minha festa não tenha os problemas que eu detectei”.

A data foi pensada com cuidado e demorou um pouco para decidir, mas enfim o 6 de setembro de 2011 apareceu como uma opção e agora é dado como certo na igreja e no bufê. “No início, quando eu noivei e fui marcar as reuniões com os profissionais, eu achei que estivesse muito adiantada, mas a medida que eu fui conversando com essas pessoas, elas disseram que era esse tempo mesmo. O noivado foi em 2009 e eu fiquei sabendo que a igreja que eu escolhi já estava toda preenchida em 2010, isso com um ano de antecedência. Então, eu passei a ver que eu já estava era atrasada ”, conta Renata.

Ao todo, serão mais de dois anos de pesquisa e planejamento. As intensas atribuições do trabalho fizeram com que escolhessem mais tempo para oficializar a união. O dia do casamento será numa terça-feira, véspera de feriado, e o casal estará com mais de oito anos de namoro.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

As pétalas do ofício

Para não prolongar tanto uma mesma postagem, dividi a matéria As pétalas do ofício em seis etapas. Esta é a primeira parte. Essa matéria foi publicada na revista A Ponte - edição Mulheres - neste mês de outubro de 2010

O casamento é a oficialização do amor entre duas pessoas. Entretanto, essa comemoração a dois, torna-se dia de destaque para um dos personagens principais da noite: a noiva. Quando a marcha nupcial é anunciada, todos os convidados se virão, preparam as suas máquinas digitais e dispõem de toda a sua atenção para ela, que é símbolo dos planejamentos, das revistas, dessa ocasião e do desejo pelo casamento.

Uma hora antes do casamento, encontrava-me de prontidão na Igreja de Nossa Senhora do Líbano, onde aconteceria a cerimônia religiosa e a recepção dos convidados. Sem convite oficial antecipado, falei com a equipe do bufê, da decoração e da fotografia. Apresentei-me ao motorista contratado e até aos familiares que estavam ali mais cedo, enquanto aguardávamos a noiva Luciana Campos da Rocha.

Eis que ela chegou, alguns minutos depois, em pura ansiedade, romantismo e sorrisos contidos. Entrou no espaço onde aconteceria a sessão de fotos e, tentando deixar a vergonha de lado, exaltou beleza e felicidade de estar casando depois de quase oito anos de namoro.

Depois de explicar o meu objetivo naquela noite, com três profissionais presentes na ocasião, ousei pedir autorização à noiva para fotografá-la. Não conseguiu esconder o estranhamento e o nervosismo, mas não hesitou na resposta. Posicionei-me e registrei todas as poses tradicionais, descontrações, retoques de batom e bastidores dos milhares de flashs e filmagem de seus passos.

A sessão acabou e todos foram embora, exceto a “ama” Cláudia Carvalho, que trabalha na equipe do cerimonial, e eu. Não pude resistir, sentei-me ao lado da noiva e aproveitei para observá-la e até tentar fazer uma entrevista. Sua mente e seu corpo demonstravam estar concentrados no acontecimento que viria a seguir, mas, muito delicada, respondeu todas as minhas dúvidas e curiosidades.

Falou sobre a preparação, a escolha da data e a confiança nas indicações da cerimonialista Andréia Cavalcante, que foi a primeira a contratar. Luciana tem 24 anos e acabou de se formar em Direito, entretanto, naquele momento, nada mais importava. Aquecia a voz e treinava para uma surpresa que iria fazer durante a festa. Com as mãos enrolando o papel da música e a letra decorada, deu uma prévia de sua apresentação. Em sua belíssima voz, cantou “Todo azul do mar” sem errar melodia ou qualquer refrão. Depois, repassou os passos da sua entrada com a ajuda do motorista Roberto Jucá, olhou-se no espelho e respirou fundo para entrar no carro.

Após três meses planejando, ela foi anunciada com a marcha nupcial e entrou ao som de “Um lugar perfeito para o amor viver”. Luciana e seu noivo, Carlos Bezerra, compartilharam o que considera como “o começo de uma vida nova” com 250 convidados, entre eles amigos íntimos e familiares.

“Porém, desde o início da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, deixará o homem a seu pai e mãe [...], e, com a sua mulher, serão os dois uma só carne. De modo que já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem (Mc.10.06-09)”. Assim começou a celebração religiosa que estava marcada às 19h, de uma quinta-feira chuvosa. Mas os céus cessaram as bênçãos por um momento para o cortejo na igreja.

Tudo estava impecavelmente simples e singelo, exatamente como a noiva queria. Músicas escolhidas cuidadosamente e delicadeza em cada detalhe, desde o buquê com rosas e lírios, ao vestido branco de ares românticos. Segundo Luciana, a intenção não era ostentar e, sim, celebrar e vivenciar o sacramento e a união do amor.
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