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quinta-feira, 2 de maio de 2013

A semente que germina um longo relacionamento

♥ Dentre os quesitos para encontrar e selecionar a mulher ou o homem perfeito para casar e constituir família, inclua a honestidade. Essa qualidade não é para se ter necessariamente uma garantia de fidelidade. É ainda melhor. Ela está ligada ao respeito ao próximo, ao ser sincero com o seu parceiro, porque a verdade está aliada ao melhor do relacionamento. Isso define o caráter do outro. Não estou falando em verdades absolutas, de dizer que outro acordou particularmente mais feio certo dia. Trata-se de ser verdadeiro com os sentimentos e no tratamento do outro. Essa é a melhor das verdades ♥

 
Conta-se que por volta do ano 250 A.C, na China antiga, um príncipe da região norte do país estava às vésperas de ser coroado imperador mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar. Sabendo disso, ele resolveu fazer uma disputa entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta.

No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe. Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração, e indagou incrédula:
 
- Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte! Tire esta idéia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.
 
E a filha respondeu:
 
- Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar ao menos alguns momentos perto do príncipe e isto já me torna feliz.
 
À noite, a jovem chegou ao palácio e lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio: "Darei a cada uma de vocês uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China".

A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo que valorizava muito a especialidade de cultivar algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos, etc. O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flores surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado.
 
Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia, ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação a moça comunicou a sua mãe que, independente das circunstâncias retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.

Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena. Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção.

Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem do vaso vazio como sua futura esposa. As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado.
 
Então, calmamente, o príncipe esclareceu:
 
- Esta foi a única jovem que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz, a flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
 
A honestidade é como uma flor tecida em fios de luz, que ilumina quem a cultiva e espalha claridade ao redor.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Sem ele, não é inteiro

♥ Novamente, mais uma dose de Danuza em minha vida, dessa vez para falar dos homens, na verdade para falar da sua utilidade na vida feminina. Ela listou alguns motivos para eles aparecerem e permanecerem ao nosso lado. Mas, eu me permito adicionar mais itens. Para um abraço apertado e palavras amáveis quando o dia parece estar de cabeça para baixo, não há nada mais indicado do que a presença do amado. Em casos de TPM ou de tristeza, a insistência em trocar lágrimas e raivas por sorissos e gargalhadas também faz o xodó ganhar pontos a mais. O homem serve para completar a mulher, para aumentar a sua autoestima com elogios inesperados e para fazê-la crescer e amadurecer com seus conselhos e experiências antigas. O homem é importante para a mulher, como ela é importante para ele. Não há nada melhor do que chegar em casa e ter para quem se voltar e partilhar o seu dia. Aliás, para a nova realidade de nossa sociedade e dos novos relacionamentos, troco até os termos: nada de fixar homem ou mulher, um companheiro precisa do outro para amar e sentir-se amado, para fazer dos seus dias mais felizes ♥


Afinal, homem serve pra quê? Ah, para uma porção de coisas, e todas ótimas. Para namorar, por exemplo, ainda não se descobriu nada melhor. Pensar neles, sonhar com eles, fantasiar a vida ao lado deles às vezes é quase tão bom quanto estar com eles.

Homem é para realçar a vida das mulheres. Mas como saber se ele está cumprindo sua função? Simples. É quando você começa a se enfeitar; troca de penteado, capricha na depilação, compra um sapato de salto alto, faz ginástica e passa fome só para agradar. Se você faz tudo isso – e com a maior alegria – é porque ele merece. Um homem que nota quando você está triste, se a perna está mais durinha e se o vestido é novo é muito, muito estimulante. Um homem para quem você volta do trabalho correndo e, mesmo exausta, passa no supermercado para comprar a manteiga sem sal de que ele gosta, até umas flores (se estivesse sozinha, comia pão de fôrma gelado com margarina salgada e um copo de água). Um homem que desperta até a vontade de cozinhar é apenas a melhor coisa do mundo. Se ele, além de alegrar sua vida, ainda dirige o carro, procura vaga e paga o flanelinha, é a felicidade total.

Um homem que sabe, em caso de necessidade, pregar um prego, trocar um fusível, matar uma barata, sinceramente, tem melhor? Tem, sim, e ainda tem muito mais. Um homem que faz você gostar dele apaixonadamente, que dorme abraçado com você (no inverno), que ouve seus problemas sem bocejar, que conversa, ajuda. Com quem você quer ter filhos e com quem faz os planos mais loucos, ah, isso é bom. Um homem que lhe oferece um ombro para você chorar, com quem dá risada, que te faz pensar: “Não consigo viver sem ele”. Se encontrar um que faça você sentir tudo isso, agradeça a Deus: é tudo que uma mulher pode querer da vida.

Só que nem todas pensam assim. Algumas acham que homem só serve para duas coisas: para entrar com elas nas festas (elas odeiam entrar sozinhas) e para pagar as contas. Amor? E quem está falando disso?

Pela vida dessas mulheres nunca passou nenhum de verdade, esse é o problema. Elas nunca imaginaram a possibilidade de encontrar um homem, mesmo modesto, com sobrenome menos famoso, com quem pudessem tentar uma relação sincera e feliz. Nem podem: nunca ouviram falar que isso existe, veja você.

Quando têm a sorte de arranjar um que cumpra as funções com que sempre sonharam, como se passam as coisas? Quando jantam sozinhos, falam de quê? Quando terminam de jantar, acontece o quê? Ninguém sai da mesa direto para a cama (quartos separados, claro); e, como nem todo dia têm festa (nos jantares elegantes, ficam sempre em mesas separadas), fotógrafos, champanhe, então como fazem? Como eles vivem? Mistério.

É que nunca aconteceu a nenhuma delas de, um dia, num jantar enorme e bem chique, de repente perceber um homem interessante conversando num grupo, bem longe, mas olhando para ela com aquela firmeza. Fica claro que o que ele quer é sumir com ela, no ato, dane-se a festa, que a melhor, a melhor festa, seriam os dois, juntos e sozinhos. Se acontecer, será que ela percebe? E, se perceber, será que vai aceitar o convite?

Provavelmente, não. Ela nunca vai entender que homem só existe para uma coisa: fazer a gente feliz.

Danuza Leão é cronista, autora de vários livros, entre os quais Fazendo as Malas (Cia. das Letras) e É Tudo Tão Simples (Agir)

quinta-feira, 26 de abril de 2012

O tradicional, às vezes, é mais fácil

♥ Há alguns anos, encontrei-me reconhecida nas palavras de Danuza Leão. A escrita, os pensamentos, as teorias, os desabafos, bem, parece que sou eu falando na crônica, só que com uma assinatura muita mais conhecida e invejada. Como as crianças que planejam o seu futuro, digo em bom tom, ou melhor, letras garrafais: QUANDO EU CRESCER QUERO ESCREVER IGUAL A DANUZA. Enquanto isso, deleito-me em seus textos e apresento um deles aqui no Pétalas (in) esperadas para, sem mais delongas, falar da complicação que, por vezes, os casais aderem pensando em melhorar a relação quando, na verdade, estão deixando com mais regras, mais indecisões e MUITO mais complicado do que o amor por si já é ♥ 


Afinal, morar junto ou separado?

Quando o amor fica mais morno, alguns acham que, se cada um morasse num canto, voltariam aos tempos românticos em que eram namorados; já outros, praticamente casados, escolhem morar em casas separadas. Tudo bem, tudo ótimo, mas para viver assim é preciso combinar alguns pontos fundamentais.

Começando pelo começo: se cada um mora na própria casa, ambos têm o direito de ter a chave da casa do outro? Se a resposta for não, podem aparecer e tocar a campainha a qualquer hora ou devem telefonar antes? Faz parte do trato ligar todos os dias, perguntar o que o outro vai fazer ou dá para ir jantar fora com uma amiga ou amigo sem ter que avisar?

Porque, se tiver que dar satisfações de todos os passos, que independência é essa? Passado esse pequeno detalhe, uma curiosidade: com que assiduidade os dois dormem - e acordam - juntos? Existe um trato, tipo segundas, quartas e sextas ou só nos fins de semana, ou fica tudo livre, dependendo apenas do desejo da hora? Complicado. Se um quiser e o outro estiver com vontade de dormir só, pode dizer ou pega mal (como também acontece, aliás, com aqueles que moram juntos)? Outro detalhe: na casa dele ou na dela? E mais unzinho: cada um tem uma escova de dentes na casa do outro?

Na casa dele tem que ter a maquiagem, a pinça, a tesourinha, as calcinhas, os sutiãs, as camisetas? E na dela, a lâmina de barbear, a loção pós-barba etc. e tal? Uma complicação. Quando ele fica gripado, ela vai, radiante, brincar de enfermeira e cozinheira. Mas, como homem não tem vocação para tomar conta de doente, quando é a hora dela, ele não faz rigorosamente nada. Até porque não sabe. A coitada só não morre de fome porque no armário da copa ainda há dois pacotinhos de castanha de caju e uma latinha de batatas Pringle's - para acompanhar o uísque dele, é claro. Pequenos detalhes importantíssimos entre pessoas que se amam: é permitido telefonar para comentar a novela? E no meio da noite, para dizer que está com saudades? Pode telefonar e convidar para ir ao cinema? Em suma, pode telefonar? Com que freqüência? Se o telefone estiver ocupado durante horas, pode perguntar com quem estava falando?

Para que tudo funcione, é preciso que tudo fique combinado antes, isto é, que haja um código, igualzinho a um casamento. Pensando bem, talvez seja mais fácil casar da maneira tradicional e morar junto, até porque seria mais barato - só uma conta de luz, de condomínio, faxineira etc. E com uma vantagem: se houver uma briga, durante o sono um esbarra na perna do outro e as pazes são feitas automaticamente, amorosamente, sem nem precisar discutir a relação.

Danuza Leão é cronista, autora de vários livros, entre os quais As Aparências Enganam (PUBLIFOLHA)

domingo, 19 de junho de 2011

Dicas via internet

Recebi uma indicação deste texto que eu considerei muito interessante para compartilhar com vocês. Espero que gostem! ♥

Especialistas dão dicas de como ter uma festa de casamento de sucesso

Da lembrancinha ao local da festa, cada detalhe é importante para que nada dê errado no dia do seu casamento. Afinal, tudo acontece em apenas algumas horas, sem chances de remediações futuras. Por isso, vale ficar atenta às dicas dadas por especialitas no assunto.

Seu, só seu


O casamento é um momento único. “Não faça a sua festa pensando nos outros. Faça-a pensando em si mesma, no que vai lhe agradar. A festa tem que combinar com você em tudo. Se não for ‘a sua cara’, não faz sentido”, disse Fernanda Suplicy, diretora do site Yes Wedding e uma das idealizadoras do Wedding Awards, espécie de "Oscar do casamento".

Mantenha a linha

Quando começar a organizar o seu casamento, não pense apenas individualmente nos detalhes. É preciso pensar neles como um todo também. “A pessoa precisa estabeleceer uma linguagem única, que harmonize todos os aspectos da festa num mesmo estilo, com uma mesma proposta. Senão, os próprios convidados se perdem na essência do casamento”, falou Lizie Chermann, assessora da MS Eventos Especiais.

Há flores por todos os lados


Flores são obviamente permitidas na decoração, mas tome cuidado para não cair nos mitos de “quanto mais, melhor” ou “o que é caro, é nobre”. Segundo a cenógrafa de festas Renata Chapchap, não se pode pecar pelo excesso. “Quantidade não determina qualidade. O que vale é a arte dos arranjos, a elegância”, disse. Quanto ao nobre, ela contou que há tantos tipos de flores lindas por aí, que não são só as caras que brilham mais. Todas se comunicam e têm uma mensagem. “O importante é que essa mensagem seja a que os noivos queiram passar”, disse.

Casamento iluminado


Um dos itens de decoração ainda pouco explorados é a iluminação. “Pode-se dizer que 50% da cenografia do casamento é a iluminação. Um cenário simples, mas bem iluminado, fica sofisticado”, disse Renata. Segundo a especialista, a iluminação é um recurso ilimitado. A dica dela é optar por luzes indiretas na festa, como fazer uso de luminárias e abajures. “Velas são uma ótima pedida também, pois dão um toque romântico ao casamento”, disse.

Ponto-alto: a mesa de doces


Não há como negar que ela é sempre foco nas festas de casamento. “Na hora de escolher como decorar a mesa, cuidado com o exagero. Seja criativa, brinque com cores e com iluminação, mas não deixe a mesa poluída demais”, falou Renata Chapchap. Uma outra dica sobre os doces vem da assessora Lizie Chermann: sirva-os na pista, em copinhos, para o pessoal conseguir comer sem parar de dançar. “Com certeza, todo mundo vai gostar”, disse.

Espaço limite

O tamanho do local da sua festa também é importantíssimo. “Determine bem qual será o número de convidados antes de decidir onde será a festa para não correr o risco de ter uma superlotação ou do espaço ficar vazio demais”, disse Renata. A disposição das mesas também tem que ser cautelosa para não causar trânsito. Segundo a especialista, o ideal é que, no espaço entre as cadeiras de uma mesa e as de outra, seja possível passar uma pessoa caminhando tranquilamente. Menos que isso pode provocar desconforto para os convidados.

Banda ou DJ?

O primeiro passo para escolher quem comandará o som do casamento é compreender qual será o público da sua festa. “Bandas de casamento costumam ter um repertório amplo, mas não o suficiente para agradar os jovens e os mais velhos ao mesmo tempo. Ou um, ou outro. Os DJs têm mais facilidade para isso”, disse Lizie Chermann. A dica da especialista para quem faz questão de ter uma banda é optar por uma que não seja de casamento, que toque um estilo mais específico, para ter como atração. Neste caso, o ideal é manter o DJ até o jantar, com músicas que sejam mais do gosto dos mais velhos e, em seguida, a banda fazer sua apresentação para animar os mais jovens. O DJ pode voltar mais tarde, com músicas variadas.

O clique ideal


A festa pode até durar apenas um dia, mas as fotografias são a chance de você eternizar esse momento. Por isso, não é qualquer foto que conta. “Na hora de contratar um fotógrafo, é preciso conhecê-lo bem, tanto o seu trabalho quanto a sua personalidade. É preciso ter total confiança no nele”, disse Márcia Charnizon, fotógrafa especializada em casamentos. Além disso, algumas dicas na hora de brifar o profissional também fazem a diferença. “Peça para ele fotos naturais, que traduzam os momentos verdadeiramente. Fotos posadas, muitas vezes, podem parecer forçadas e não é essa a intenção”, completou.

Não force a lembrança


Na hora de bolar o que dar de lembrancinha aos seus convidados, pense no dia a dia deles. “De nada adianta dar algo útil, mas com as iniciais ou com uma foto dos noivos. Assim, as pessoas não vão se sentir à vontade para usar o item em várias ocasiões”, disse Lizie Chermann. “Opte por uma estampa que combine com a sua festa, algum detalhe. Assim, os convidados vão lembrar de seu casamento depois, mas sem aquela lembrança explícita”, falou.

Momento Cinderela

Escolher o sapato não é tão simples. Ao contrário do que muitas pensam, ele com certeza vai aparecer. A moda ultimamente tem sido usar sapatos coloridos. “Se você prefere um sapato com cor marcante, sem problemas, contanto que ele se adeque ao seu estilo. Para não errar, escolha tons que combinem com a sua pele. É certeza de sucesso”, disse a estilista Emannuelle Junqueira. Segundo ela, o importante é que o sapato seja elegante e confortável.

Invista no seu brilho natural


A estrela da festa é, sem dúvida alguma, você – a noiva. Por isso, não há a necessidade de exagerar tanto em acessórios ou num vestido com muito brilho. “Antigamente, usava-se bastante. Hoje em dia, acaba ficando brega. Para não errar, foque em alguma região do vestido, como um cinto, uma alça ou um barrado, e aplique o brilho”, disse Emannuelle.

Arranjo de mesa não é buquê


Segundo Emannuelle, o maior erro cometido pelas noivas na hora de escolher o buquê é optar por um que combine com a decoração da festa. “Uma coisa independe da outra. O buquê tem que ser algo leve, é um acessório. Ele tem que combinar com a personalidade da noiva, não com a decoração”, falou a estilista.

Branco básico


Noiva de vestido branco é clássico. Mas a cor pura tem sido menos usada. “O branco, quando muito branco, pode parecer sintético. A dica é escolher um vestido off-white, aquele branco menos gritante”, indicou Emannuelle Junqueira. Conforto também é importante. “Pense que você vai usar o vestido por horas, vai dançar, sentar, levantar, abraçar... Se ele não for confortável, você acaba não aproveitando a sua própria festa”, disse. E, para achar o modelo ideal, a dica da estilista é pesquisar muito, buscar referências, ver muitas revistas e sites internacionais. Tudo para encontrar o vestido ideal.

Fôlego até o fim


Um dos grandes medos é que a animação da festa não dure até o fim. Mas isso também depende dos noivos. “Sempre insisto para os noivos ficarem na pista durante toda a festa, sem ficar circulando nas mesas ou sentados. Com o casal animado e dançando, os convidados acabam se animando junto também”, disse Lizie Chermann.

Bons conselheiros

Se tem uma coisa com a qual todos os especialistas concordam é que você precisa estar rodeada de bons profissionais, que sejam de sua confiança e que combinem com o seu estilo, para que realmente consigam realizar o seu sonho, sem erros.


quarta-feira, 8 de junho de 2011

Um anúncio nada comum

Em plena semana véspera de dia dos namorados, em um ano que não é 2011, alguém resolveu mandar um anúncio ao jornal. Por ser considerado cômico -particularmente achei ridículo -, ele foi publicado e ironicamente respondido. Coloco aqui sem saber ao certo qual ano foi originado o texto (pela procura no Google, eu acredito que seja de 2006 ou antes) ou o nome do jornal (pelo que eu li é um veículo diário do Ceará).

Não sei se o teor do anúncio é verdadeiro, mas deixo-o entre minhas postagens simplesmente pelo fato de que realmente há homens que procuram mulheres esteticamente perfeitas e exigem mundos e fundos dela sem ao menos se olhar no espelho. Para piorar, tem mulher que aceita. Deixo aqui a indignação.

HOMEM DESCASADO PROCURA...

Homem de 40 anos, que só gosta de mulher, após casamento de sete anos, mal sucedido afetivamente, vem através deste anúncio, procurar mulher que só goste de homem, para compromisso duradouro, desde que esta preencha certos requisitos:

O PRETENDIDO exige que a PRENTENDENTE tenha idade entre 28 e 40 anos, não descartando, evidentemente, aquelas de idade abaixo do limite inferior, descartando as acima do limite superior.

Devem ter um grau razoável de escolaridade, para que não digam, na frente de estranhos: 'menas vezes', 'quando eu si casar', 'pobrema no úter', 'eu já si operei de apênis', 'é de grátis', 'vamo de a pé', 'adoro tar com você' e outras pérolas gramaticais.

Os olhos podem ter qualquer cor, desde que sejam da mesma e olhem para uma só direção. Os dentes, além de extremamente brancos, todos os 32, devem permanecer na boca ao deitar e nunca dormirem mergulhados num copo d'água.

Os seios devem ser firmes, do tamanho de um mamão papaia, cujos mamilos olhem sempre para o céu, quando muito para o purgatório, nunca para o inferno. Devem ter consistência tal que não escapem pelos dedos, como massa de pão.

Por motivos óbvios, a boca e os lábios, devem ter consistência macia, não confundir com beiço. A barriga, se existir, muito pequena e discreta, e não um ponto de referência.

O PRETENDIDO exige que a PRETENDENTE seja sexualmente normal, isto é, tenha orgasmos, se múltiplos melhor, mas mesmo que eventuais, quando acontecerem, que ela gema um pouco ou pisque os olhos, para que ele sinta-se sexualmente interessante. Independentemente da experiência sexual do PRETENDIDO, este exige que durante o ato sexual a PRETENDENTE não boceje, não ria, não fique vendo as horas no rádio relógio, não durma ou cochile.

O PRETENDIDO exige que a PRETENDENTE não tenha feito nenhuma sessão de análise, o que poderia camuflar, por algum tempo, uma eventual esquizofrenia.

A PRETENDENTE deverá ter um carro que ande, nem que seja uma Brasília, ou que tenha dinheiro para o táxi, uma vez que pela própria idade do PRETENDIDO, ele não tem mais paciência para levar namorada de madrugada para casa.

Enviar cartas com foto recente, de corpo inteiro, frente e costas, da PRETENDENTE, para a redação deste jornal, para o codinome:'CACHORRO MORDIDO DE COBRA TEM MEDO ATÉ DE BARBANTE'.

Resposta da Pretendente, publicada dias após, no mesmo periódico:

PREZADO HOMEM DESCASADO...

Li seu anúncio no jornal e manifesto meu interesse em manter um compromisso duradouro com o senhor, desde que (é claro) o senhor também preencha outros 'certos' requisitos que considero básicos! Vale lembrar que tais exigências se baseiam em conclusões tiradas acerca do comportamento masculino em diversas relações frustradas, que só não deixaram marcas profundas em minha personalidade, porque 'graças a Deus', fiz anos de terapia, o que infelizmente contraria uma de suas exigências!

Quanto a idade convém ressaltar que espero que o senhor tenha a maturidade dos 40 anos e o vigor dos 28, e que seu grau de escolaridade, supere a cultura que porventura tenha adquirido assistindo aos programas do 'Show do Milhão'...!

Seus olhos podem ser de qualquer cor desde que vejam algo além de jogos de futebol e revistas de mulher pelada. E seus dentes devem sorrir mesmo quando lhe for solicitado que lave a louça ou arrume a cama. Não é necessário que seus músculos tenham sido esculpidos pelo halterofilismo, mas que seus braços sejam fortes o suficiente para carregar as compras. Quanto abrir a boca, por motivos também óbvios, além de cumprir com eficiência as funções a que se destinam, as bocas no relacionamento de um casal devem servir, inclusive, para pronunciar palavras doces e gentis e não somente: 'PEGA MAIS UMA CERVEJA AÍ, MULHER!'.

A barriga, que é quase certo que o senhor a tenha, é tolerável, desde que não atrapalhe para abaixar ao pegar as cuecas e meias que jamais deverão ficar no chão. Quanto ao desempenho sexual espera-se que corresponda ao menos polidamente à 'performance' daquilo que o senhor 'diz que faz' aos seus amigos! E que durante o ato sexual, não precise levar para a cama livros do tipo: 'Manual do corpo humano' ou 'Mulher, esse ser estranho'!

No que diz respeito ao item alimentação, cumpre estar atualizado com a lista dos melhores restaurantes, ser um bom conhecedor de vinhos e toda espécie de iguarias, além de bancar as contas, evidentemente. Em relação ao carro, tornam-se desnecessário os trajetos durante a madrugada, uma vez que, havendo correspondência nas exigências, que por ora faço, pretendo mudar-me de mala e cuia para a sua casa... Meu amor!!!

Ass: A COBRA

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A Aliança

Texto de Luís Fernando Veríssimo,
extraído do livro "As mentiras que os homens contam",
Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2000, pág. 37.

Esta é uma história exemplar, só não está muito claro qual é o exemplo. De qualquer jeito, mantenha-a longe das crianças. Também não tem nada a ver com a crise brasileira, o apartheid, a situação na América Central ou no Oriente Médio ou a grande aventura do homem sobre a Terra. Situa-se no terreno mais baixo das pequenas aflições da classe média. Enfim. Aconteceu com um amigo meu. Fictício, claro.

Ele estava voltando para casa como fazia, com fidelidade rotineira, todos os dias à mesma hora. Um homem dos seus 40 anos, naquela idade em que já sabe que nunca será o dono de um cassino em Samarkand, com diamantes nos dentes, mas ainda pode esperar algumas surpresas da vida, como ganhar na loto ou furar-lhe um pneu. Furou-lhe um pneu. Com dificuldade ele encostou o carro no meio-fio e preparou-se para a batalha contra o macaco, não um dos grandes macacos que o desafiavam no jângal dos seus sonhos de infância, mas o macaco do seu carro tamanho médio, que provavelmente não funcionaria, resignação e reticências... Conseguiu fazer o macaco funcionar, ergueu o carro, trocou o pneu e já estava fechando o porta-malas quando a sua aliança escorregou pelo dedo sujo de óleo e caiu no chão. Ele deu um passo para pegar a aliança do asfalto, mas sem querer a chutou. A aliança bateu na roda de um carro que passava e voou para um bueiro. Onde desapareceu diante dos seus olhos, nos quais ele custou a acreditar. Limpou as mãos o melhor que pôde, entrou no carro e seguiu para casa. Começou a pensar no que diria para a mulher. Imaginou a cena. Ele entrando em casa e respondendo às perguntas da mulher antes de ela fazê-las.

— Você não sabe o que me aconteceu!

— O quê?

— Uma coisa incrível.

— O quê?

— Contando ninguém acredita.

— Conta!

— Você não nota nada de diferente em mim? Não está faltando nada?

— Não.

— Olhe.

E ele mostraria o dedo da aliança, sem a aliança.

— O que aconteceu?

E ele contaria. Tudo, exatamente como acontecera. O macaco. O óleo. A aliança no asfalto. O chute involuntário. E a aliança voando para o bueiro e desaparecendo.

— Que coisa - diria a mulher, calmamente.

— Não é difícil de acreditar?

— Não. É perfeitamente possível.

— Pois é. Eu...

— SEU CRETINO!

— Meu bem...

— Está me achando com cara de boba? De palhaça? Eu sei o que aconteceu com essa aliança. Você tirou do dedo para namorar. É ou não é? Para fazer um programa. Chega em casa a esta hora e ainda tem a cara-de-pau de inventar uma história em que só um imbecil acreditaria.

— Mas, meu bem...

— Eu sei onde está essa aliança. Perdida no tapete felpudo de algum motel. Dentro do ralo de alguma banheira redonda. Seu sem-vergonha!

E ela sairia de casa, com as crianças, sem querer ouvir explicações. Ele chegou em casa sem dizer nada. Por que o atraso? Muito trânsito. Por que essa cara? Nada, nada. E, finalmente:

— Que fim levou a sua aliança? E ele disse:

— Tirei para namorar. Para fazer um programa. E perdi no motel. Pronto. Não tenho desculpas. Se você quiser encerrar nosso casamento agora, eu compreenderei.

Ela fez cara de choro. Depois correu para o quarto e bateu com a porta. Dez minutos depois reapareceu. Disse que aquilo significava uma crise no casamento deles, mas que eles, com bom-senso, a venceriam.

— O mais importante é que você não mentiu pra mim.

E foi tratar do jantar.
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