A distância da noiva, minha querida prima Fernanda, com o local do casamento não impediu que a beleza, os detalhes impecáveis e a emoção fizessem-se presente em todos os momentos da noite. Vou poupar as minúcias sobre o planejamento e falar apenas das situações prévias a GRANDE DATA. Das ocasiões que estive presente, não posso deixar de mencionar:
O jantar pré-casamento
Um dia antes da data marcada no convite, famílias e amigos de diferentes estados já estavam com o check in realizado e prontos para se reunir no salão do hotel. Alguns arrumados em trajes finos, outros com roupa esporte vindos direto do aeroporto, mas todos lá.
Entre um salgado e um bolo, os flashs e muita conversa para falar da vida entravam em ação. Na verdade, este item não faltou em nenhum momento. Afinal, há trinta anos duas famílias não se encontravam: a da mãe e do pai da noiva.
A noite se alongava e penetrava em passos aparentemente largos a madrugada, até que restaram somente os jovens estrangeiros com sua vontade de aproveitar ao máximo as horas noturnas brasileiras.
Dia de mulher
O que era para ser particular, tornou-se público e ao mesmo tempo íntimo. Fernanda não se limitou ao seu quarto especial e adentrou aos outros espaços do salão nos quais se encontravam TODAS as suas convidadas. Essa ideia foi ÓTIMA, pelo fato de possibilitar maior entrosamento entre aquelas que não se conheciam e também fazer com que a noiva aproveitasse mais a presença daquelas que viajaram por horas para prestigiá-la.
As madrinhas destacavam-se com suas blusas de honra, porém as mulheres presentes, SEM EXCEÇÃO, mostraram presteza em ajudar a querida noiva com os últimos retoques da missa. Além disso, as câmeras de cada uma estavam a postos para registrar o making of do seu dia.
Quanto as produções, todos os cabelos estavam lindíssimos, não importando se eram curtos ou longos. Não consegui registrar todos, porém veja o meu em 180º que fiz mantendo o estilo trança que adotei no
casamento da minha irmã.
Celebração religiosa
A Paróquia Nossa Senhora do Rosário estava requisitada no sábado de 3 de dezembro, foram três cerimônias no mesmo dia e em horários bem próximos. Quando chegamos, o casamento das 18h ainda estava acontecendo. Ultrapassou um pouco do tempo e atingiu às 20h marcado por Fernanda. Mas, o clima estava agradável, tinha local para se sentar e as companhias eram ótimas, então não houve problema. Quando os noivos e respectivos convidados saíram do recinto, ocupei meu lugar na frente e na ponta do acento para conseguir avistar e registrar TUDO da noite.
A entrada na igreja foi MUITO DIFERENTE da convencional aqui em Fortaleza. Ao contrário de ser os padrinhos os primeiros a entrar depois do padre, os noivos escolheram o seguinte estilo de cortejo:
- Mãe da noiva com o pai do noivo
- Noivo com a sua mãe
- Padrinhos sozinhos em fila indiana
- Madrinhas sozinhas em fila indiana
- Noiva com o seu pai - quero destacar que ao invés de anunciar sua chegada com a marcha nupcial e logo em seguida entrar com uma música, tocou primeiro She instrumental tocada em saxofone e depois a tradicional entrada da noiva. Eu adorei desse jeito! (Eu já falei dessa música, lembra?)
Todos, com exceção da Fernanda e do Yuri, ficaram no altar em pé durante toda celebração. Os noivos misturaram o estilo do casamento americano com brasileiro para montar o seu. Na verdade, nos Estados Unidos, geralmente todos entram sozinhos, não há formação de casal em nenhuma ocasião da entrada.
Quanto a ficar defronte aos noivos durante a celebração, isso já está virando comum aqui no país ou pelo menos em Campinas, pois o das 18h também fez uso dessa forma, sendo que homens e mulheres não ficavam separados, em ambos os lados haviam casais formados.
Ao final da "missa", os padrinhos cumprimentam os noivos e localizam-se na porta da igreja para quando eles saírem poderem fazer algum tipo de comemoração. Pode ser aplausos, jogar arroz ou acender velas, como foi o caso do da Fernanda.
Eu gostei parcialmente dessa última opção de saída, pois é um pouco cansativo esperar cada um dos padrinhos falar, ainda mais quando são muitos. Além disso, dependendo do nível de educação dos convidados, alguns não esperam pelo fim e saem correndo para a recepção, dessa forma, os noivos saem de uma igreja VAZIA e fica desagradável para eles e para boas fotos e filmagem. Digo isso porque já ouvi depoimentos que narram exatamente esse fato.
As lágrimas vieram da música
Aos poucos, os convidados chegavam em vans e ocupavam o espaço 301. O buffet era pequeno e aconchegante, com uma iluminação perfeita para uma ocasião romântica. Com os lugares demarcados, todos foram logo se sentando e degustando os aperitivos, enquanto esperavam os noivos apresentarem-se para a sua valsa.
Quando Fernanda e Yuri entraram, dava para sentir ambos radiantes. Ela levantava o buquê como se este fosse uma taça, uma demonstração de felicidade plena e realizada. A entrada no buffet parecia de formatura, a música era alta e agitada, representando bem a alegria e animação dos dois. Logo em seguida, deixaram um pouco do toque de boate e foram para a suavidade da letra
Stand by me. Bom, para aqueles que perderam coloco esses dois momentos aqui:
A dança que tinha tudo para ser bonita, foi melhor ainda, ficou LINDÍSSIMA com a escolha dessa música que por si só já tem um brilho. Depois, quando pensamos que alguma canção daria prosseguimento por meio do CD, Rejane - irmã da noiva - toma posse do microfone e canta
Hero, conhecido na voz de Mariah Carey.
Particularmente, esse foi o momento mais emocionante. Eu sabia que minha prima cantava bem, no entanto nunca tive oportunidade de ser presenteada com a sua voz. A surpresa não sei se foi bem para noiva, pois na verdade quem estava mais sensível era o pai dela, meu tio. Não só ele não conteve as lágrimas, como todos os outros presentes choraram e impressionaram-se como a cantora não conseguia tremer a voz, mesmo quando sabíamos que Rejane estava também contendo a emoção.
Estava tão encantada, que demorei a começar a gravar. Então, deixo aqui minha filmagem e uma outra registrada no dia.
Festa em todas as línguas
A pista foi democrática e calorosa. Pessoas do Rio, São Paulo, Fortaleza, Recife, Houston e outras localidades dos Estados Unidos estavam em peso dançando ao som do DJ. Não importava se era música americana ou brasileira, todos dançavam e, quando podiam, iam até o chão. Não conseguia parar nem um único minuto, a não ser para tomar uma água e ajeitar a sandália.
Até às 3h a maioria dos convidados ficaram. Foi preciso o DJ parar a música e as luzes se acenderem para realmente todos acreditarem que os dias de festejo acabaram. Foram tantos bons momentos, tantas pessoas reunidas que formaram laços de amizade pessoalmente e nas redes sociais, tantos registros fotográficos e na memória. Foi realmente incrível! Os pés doeram um pouco no dia seguinte e a energia do corpo demorou um pouco para ser retomada, porém tudo valeu e foi compensado ao saber que fiz parte de um momento único e inesquecível de minha prima. Não pude estar presente em muitos aniversários, na formatura, nos natais ou outros pequenos encontros, porém que bom que pude comparecer ao casamento.