Quando comecei a ler O casamento, de Nelson Rodrigues, pensei ter em minhas mãos um romance digno de ser comentado em meu blog, para trazer uma narrativa romântica, repleta de beleza e um final feliz. Bem, a história realmente merece ser comentada por todos que o leem e eu não poderia estar fora desse círculo.
Por mais que não seja um conto de fadas, as palavras não sejam comedidas e tenha muita dose de tudo o que uma mulher mais desejaria evitar em um relacionamento, indico o livro para ficar alguns instantes em sua cabeça. Dedique, como diz o meu amigo Max Roger, apenas algumas páginas, seis talvez. Se você conseguir soltar, e eu o desafio, então tudo bem.
Porém, mesmo com os palavrões, os adultérios descritos em detalhes, as violações de condutas, as insistências em erros absurdos e a angústia que subia em mim toda vez que o protagonista Sabino se pronunciava ou agia nas linhas lidas, eu não consegui parar de ler Nelson. Não entendo até agora, confesso.
Talvez ele provocava um incômodo que me fizesse refletir sobre a realidade que pode existir em alguns lugares e que fechamos os olhos, ou não. Por mais que não seja a beleza que planejamos, deixo aqui minha indicação de um pouco de tortura nas suas noites. Às vezes, muito "final feliz" nas histórias também enjoa.
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