A contagem regressiva chegou a 1 e finalmente minha ficha caiu. Não sou eu que vou casar, caminhar pelo tapete branco, com um vestido da mesma cor, e responder "Sim, eu aceito". Mais do que madrinha, sou irmã da noiva e, como tal, já estou sentindo a casa mais vazia toda vez que percebo o dia do seu casamento aproximar-se. Primeiro foi a cama ao lado da minha e agora o quarto próximo ao meu.
Mesmo adulta e fazendo da minha casa quase um mero lugar de passagem, a noite era destinada às novidades, fofocas, risadas e implicâncias. Todo ano, o seu aniversário era um motivo a mais para pular em sua cama e acordar da maneira mais insuportável possível. As manhãs dos fins de semana não dispensavam uma checada no quarto alheio para, na primeira manifestação de ter uma das duas acordado, deitar uma ao lado da outra e conversar MUITO. Porém, daqui a algumas semanas, o ambiente que sedia essa convivência não ficará mais igual, parecerá que algo está faltando, sempre.
A minha irmã conheceu o seu noivo aos meus 13 anos e a minha primeira reação foi evitar qualquer contato com ele, seja por telefone ou pessoalmente. Talvez, inconscientemente, eu já desconfiasse do futuro dos dois, de que seria ele o responsável por "tirar" minha irmãzinha de mim.
Eu dei minha benção e AMO o meu cunhado, sei que ele vai cuidar bem da sua futura esposa, mas, por mais que apenas comentem sobre a saudade dos pais ao ver o filho partir, digo que irmãos também sofrem ao ver a distância, mesmo sendo de quarteirões entre si.
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