domingo, 21 de novembro de 2010

Sob a benção do pôr-do-sol [♪ ]

Não é mais tão novidade casar na praia. Agora virou uma opção viável e até mesmo cara de se celebrar uma união. Às vezes, pensa-se ser uma alternativa barata e deselegante, porém fazer uma festa com o mar como cenário, na verdade, é um luxo a mais para os casais. Além da bela vista, montar uma estrutura inteira, onde aparentemente é um local sem uma construção elegante para um casamento, acaba encarecendo o contrato.

Entretanto, quando se está realizando o sonho de se unir com a pessoa amada, nenhum gasto é extravagante. Foi o que Caroline e Fernando fizeram. Em comparação a noivas que passam dois anos em média planejando o "grande dia", eles organizaram, a curto prazo, um casamento exatamente como queriam.

O altar estava montado, a juíza estava a postos, esperando a cerimônia civil começar, e a Praia do Futuro foi o plano de fundo para as fotos. Quando a primeira música tocou, os convidados já estavam sentados. Uns na areia ao lado da passarela, outros no interior do salão. Mas todos estavam atentos, com as câmeras digitais a mão, esperando a chegada mais esperada.

Caroline, ou Carol para os mais íntimos, estava aparentemente calma, não deixava transpassar nervosismo, aos meus olhos. Em seu vestido branco - longo, simples e belo - e com flores prendendo o cabelo que oscilava com o vento forte, provocado pelas ondas do mar, a noiva compunha o ambiente encantador de pôr-de-sol.

As palavras da juíza oficializaram a união, contudo os dizeres das testemunhas pareciam ter abençoado mais aquele momento e tornado-o único. A cerimônia, com a assinatura dos noivos, terminou às 17h, porém a festa apenas tinha começado.

Com muita leveza e descontração, a noite se adentrou e os convidados nem perceberam que o tempo passava à velocidade da luz. Os noivos abriram a pista com a versão em português da música Lucky de Jason de Mraz e Colby Caillat, depois a dança não parou mais até às 3h da manhã.

Os salgados, o jantar, os doces, os chocolates, enfim, tudo estava uma delícia. Com certeza, não faltou comida a ninguém, nem ao menos para aqueles que despertam a fome depois de horas de anunciado que os pratos já estão sendo servidos. Realmente, eles seguiram o lema "melhor sobrar, do que faltar".

Quase onze horas de festa e ainda havia gente na pista. Principalmente, os noivos. A felicidade parecia transbordar nos dois. Mesmo com uma viagem marcada para o dia seguinte, não pouparam energia e aproveitaram a festa até o final. É exatamente assim que deve ser. No final de tudo, não importa o quanto se gastou, qual foi a empresa que fez a comida e, sim, se os convidados e os noivos degustaram desse delicioso momento de passagem de fase.

Vão começar uma nova vida juntos e por que não celebrar? Foi exatamente isso que eles fizeram. Que eles aproveitem, com a mesma intensidade que aproveitaram essa noite, essa nova etapa da vida deles.

domingo, 14 de novembro de 2010

Água na boca

A Chocolates Valdih já está no mercado há cinco anos, mas apenas no final deste semestre eu abri os meus olhos e o paladar para os seus chocolates. REALMENTE SÃO DELICIOSOS. São doces, bem casados e chocolates em seu cardápio, porém somente do último tive o prazer de degustar.

Além do puro gosto do cacau, o que mais chamou a minha atenção foi o contrato. Ao invés de tabelar o preço de cada chocolate, o contratante decide qual pacote de mesa escolher. São ao todo quatro tipos, variando neles a quantidade e a variedade de chocolates, a inclusão de trufas, de tacinhas e de outras regalias.

♥ A vantagem é que dentro do valor orçamentado já está incluso as caixetas, a mesa e a funcionária para cuidar das peças.

♥ A desvantagem é que escolher a mesa premium, devido às mil unidades de chocolates, e substituir as trufas por chocolates mais tradicionais não compensa muito, afinal, trufas e bombons trufados são muito mais caros.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

As pétalas do ofício VI

Para não prolongar tanto uma mesma postagem, dividi a matéria As pétalas do ofício em seis etapas. Esta é a sexta e última parte. Essa matéria foi publicada na revista A Ponte - edição Mulheres - neste mês de outubro de 2010

O caminho ao matrimônio

Igreja, padre, alianças, bufê, vestido, buquê, maquiagem. Esses são alguns dos tantos detalhes que são vistos com antecedência e dedicação pela noiva. “Tendo um bom noivo e certa quantia, dois dias são possíveis”, palpita Fátima. Mas o que prezam os profissionais da área é preparar-se, no maior tempo possível, para realizar o casamento dos sonhos. “Quanto mais tempo, melhor. Casar com menos de um ano é loucura. Menos eu não recomendo”, enfatiza o cerimonialista César Serra.

Antes de comparar preços e serviços, deve-se definir a data e fazer a lista de convidados. Depois, é indicado escolher a igreja e o local da recepção e garantir o seu dia. Durante todo o período de preparação, o mais importante é ver referências e indicações de profissionais com os amigos e familiares ou com o próprio cerimonialista contratado.

Serra define a sua profissão como um maestro que não tem direito a erros. “É a pessoa que vai auxiliar a noiva, por isso tem que entender tudo para poder dar opinião. Adoecer não nos pertence”, explica. Também acha necessário não fazer economia com fotografia e filmagem e se ater a detalhes como o convite. “É o cartão de visitas do casamento. A qualidade dele diz até o traje que a pessoa tem que usar”.

E quanto ao perfil do casamento, o tradicional ainda se mantém em alta. “Sempre querem inovar, mas nunca conseguem tanto. As noivas têm medo de inovar demais e deixar de ser um casamento”, esclarece Lidiane Vieira. Através de objetos personalizados, como lembrancinhas e porta-guardanapos, tentam mostrar um pouco de si nos detalhes da festa. Explica Vitório Rodrigues que os noivos tentam romper com a tradição, pois querem trilhar o próprio caminho, ter um diferencial.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

As pétalas do ofício V

Para não prolongar tanto uma mesma postagem, dividi a matéria As pétalas do ofício em seis etapas. Esta é a quinta parte. Essa matéria foi publicada na revista A Ponte - edição Mulheres - neste mês de outubro de 2010

Romantismo no mercado

O casamento virou uma indústria que move diferentes setores empregatícios: decoradores, cerimonialistas, músicos, fotógrafos e outros serviços terceirizados. Tornou-se, para alguns, sinal de status exibir os valores abusivos dos seus contratos, tanto que não são poucos os noivos que fazem questão de mostrar o resultado de seu planejamento e alto custo em colunas sociais ou na televisão. Um exemplo disso é o programa Noivos In Foco, que é produzido por Bello Produções e Old Produções, e transmitido há cinco anos pela TV União.

Maurício Aquino, produtor e responsável do departamento comercial desse programa, revela que o programa já motivou diversos casais a oficializar a união com o pacote completo. “Eu estou gastando mais de 60 mil reais no meu casamento e não passar no Noivos In Foco é a mesma coisa que eu comprar uma Ferrari e não poder andar para mostrar para os meus amigos”, relembra ele o relato de uma das noivas participantes.

O Fest Noiva Ceará também é uma prova do crescimento do mercado. Desde 2007, quando foi a sua primeira edição, esse evento tomou tamanhas proporções que, em seu terceiro ano, mudou a sede do Hotel Gran Marquise para o Centro de Convenções do Ceará. O projeto Fest Noiva foi idealizado pela empresa César Serra & Renato Nunes Cerimonial, há 16 anos, em Brasília, e tem Fortaleza como um sistema de franquia.

Entretanto, ainda se ressalta, nos dizeres dos padres, o valor do sacramento, significado primeiro da união. “Para a igreja é muito importante cultivar a tradição. E a sociedade também pede muito isso. Uma mãe não vai querer que a filha vá morar com alguém, vai querer que ela se case”, confirma Fátima Salvino, secretária da Igreja do Líbano.

A advogada Goretti Távora reconhece a beleza do casamento. “É o momento mais importante da vida, porque você passa a dividir com o outro o dia a dia, o sentimento e tudo de bom que você tem”. Entretanto, embora se emocione e veja encanto no matrimônio, seu desejo nunca foi esse. “Não sou contra, acredito profundamente na instituição do casamento. A minha família tem exemplos extraordinários, mas, independente disso, acredito que eu seja muito apegada às minhas convicções, de que, estando sozinha, você tem mais liberdade”. Cada um na sua casa e com sua privacidade, assim ela mantém o seu relacionamento há 18 anos com a mesma pessoa. “Se você tem um companheiro morando junto, você sempre tem que estar dando satisfação e vice-versa. Então, eu acho que a convivência estraga um pouco a beleza de viver junto”.

Ela não é a única a pensar dessa maneira. Assim como ela, há outros casos de namoros eternos sem dividir o mesmo teto, mas ainda é maior o número de mulheres que sonham em entrar na igreja e seguir o ritual.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

As pétalas do ofício IV

Para não prolongar tanto uma mesma postagem, dividi a matéria As pétalas do ofício em seis etapas. Esta é a quarta parte. Essa matéria foi publicada na revista A Ponte - edição Mulheres - nesse mês de outubro de 2010


“Eu aceito”
Parece uma transição simples, mas a tradicional pergunta, feita antes de qualquer planejamento matrimonial, faz qualquer mulher, até as mais incrédulas, ter uma ponta de dúvida sobre casamento. Afinal, ver o seu companheiro ajoelhar-se em sua frente e dizer: “quer se casar comigo?”, ainda faz parte dos sonhos de muitas mulheres. Pode-se considerar isso pelo aumento do número de casamentos. Segundo os dados mais recentes do IBGE, de 2007, foi registrado no Brasil um aumento de 2,9% com relação a 2006. Um total de 916.006 casamentos.
Segundo Fátima Salvino, é falsa a ideia da oficialização está em ruínas, pois a cada ano aumentam os números. São quase 300 celebrações por ano. Nos meses mais fracos, que fogem da “alta estação” de setembro a janeiro, são em média dez a quinze casamentos.
Enquanto na Paróquia São Vicente de Paulo, Erivalda Mendes, secretária do padre Raimundo Neto, afirma que, até 2011, não há mais sextas e sábados livres para marcar. “Quando a noiva chega à igreja para procurar uma data de casamento e a gente diz ‘não tem vaga’, ela fica admirada como tem gente casando”, comenta. Em 2009, foram registrados 155 casamentos, com destaque para dezembro e janeiro, os meses mais procurados devido à época das férias.
Quando Vitório Rodrigues, gerente geral do Hotel Gran Marquise, começou a trabalhar, em 2006, eram registrados, em média, quatro casamentos por ano no hotel. Atualmente, mesmo com as limitações de poder marcar apenas às sextas e aos sábados, o número aumentou para 80. Baseado nos dados do IBGE, ele falou, em palestra no Fest Noiva Ceará 2010, que a facilidade em se divorciar é também um fator que reflete nesse indicativo, pois em 2007 foi registrado um comparativo de que a cada quatro casamentos, acontece um registro de divórcio.
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