domingo, 31 de outubro de 2010

As pétalas do ofício III

Para não prolongar tanto uma mesma postagem, dividi a matéria As pétalas do ofício em seis etapas. Esta é a terceira parte. Essa matéria foi publicada na revista A Ponte - edição Mulheres - neste mês de outubro de 2010

Pré-casamento

Antes do casamento, há o tradicional pedido e, depois disso, começam os planejamentos. Antigamente, nesse processo de preparação, o noivo era simbólico. Não participava das reuniões e não opinava. Segundo Lidiane Vieira, cerimonialista há 12 anos na Oficina de Eventos, é pequena a quantidade de homens que acompanham suas noivas. “Ainda hoje, 90% são mulheres que planejam, mas tenho alguns casos que são os noivos que tomam a frente do casamento”.

Renata afirma que sempre quem a acompanha nas escolhas e fechamentos de contrato é a sua mãe e a do seu noivo, mas ele também tenta estar presente nesses momentos. “O Hilton está participando ativamente no casamento, porque é preciso comprometer o noivo também”, brinca. Mesmo tendo aumentado o número de homens que também se inclui nos preparativos, os profissionais ainda estranham quando atendem um casal e não somente a mulher. “Geralmente, quem se envolve mais são as noivas. A cerimonialista estranha ver o Hilton participando das reuniões, mas disse que ele não é o primeiro caso”.

Não é só em livros e em filmes que as cenas de casamentos, dos mais luxuosos aos mais delicados à beira do mar, encantam as mulheres e fazem-nas debulhar-se em lágrimas. Mantém-se na sua criação esse cultivo para a construção da família. Assim, tanto nos planos, quanto durante a celebração, as mulheres empenham, dedicam e emocionam-se mais com os casamentos. “O lado materno fala mais alto. A mulher por natureza já é materna. Ela é o encantamento, então o romantismo e a beleza é a essência feminina”, justifica Fátima Salvino, secretária particular do padre Monsenhor Philip Fouad e da Igreja de Nossa Senhora do Líbano.

“Casar é um sonho para a maioria das mulheres e eu sempre soube que iria casar. Eu sou romântica”, afirma a administradora de empresas Fabíola Coêlho, 38 anos. Depois de quatro anos de relacionamento, ela tornou-se, neste ano, noiva pela terceira vez. Fabíola nunca deixou de acreditar que encontraria uma pessoa para partilhar tristezas e alegrias, mesmo com dois outros casamentos de curta duração.

O termo “casamento” carrega em seu nome o significado de união. Entretanto, as revistas exploram mais vestidos de noiva e novas dicas de beleza em suas páginas. Em uma celebração religiosa e festiva, tudo é mais feminino: as flores singelas, as músicas românticas e os detalhes em cada arranjo de mesa. A entrada triunfal e as maiores atenções são reservadas para a entrada de um dos dois personagens principais da ocasião: a noiva.

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