terça-feira, 28 de setembro de 2010

Quem está por trás da grinalda?

Depois de milhares de seriados mostrando procedimentos estéticos cirúrgicos e planejamento de casamentos, o canal E! lançará um novo programa, com previsão para 28 de novembro, que unirá os dois.

Intitulado de Bridalplasty, ele reúne doze noivas, em uma mesma mansão, as quais passarão por desafios semanais, como escrever os votos conjugais mais originais e planejar uma lua de mel. Ao final da série de dez capítulos, será anunciado a vencedora, que ganhará a cirurgia plástica desejada, além do patrocínio de seu casamento dos sonhos.

Acompanhar as provas semanais e a preparação para a cerimônia e a cirurgia são sensações já comuns nos telespectadores, derivados de outros programas já lançados na televisão. O que Bridalplasty oferece de diferente é podermos ter a curiosidade e a expectativa de descobrir, juntamente com o noivo, quais foram as mudanças feitas na noiva. Pois todos só veem o resultado, quando a vencedora subir ao altar.

Então, você teria coragem de fazer alguma mudança drástica em si perto do dia do casamento? E se desse errado? O que pesaria mais na escolha? Acredito que é só esperar para acompanhar os capítulos do programa e termos nossas conclusões.

- Pauta sugerida por Ícaro Sampaio -

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A Aliança

Texto de Luís Fernando Veríssimo,
extraído do livro "As mentiras que os homens contam",
Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2000, pág. 37.

Esta é uma história exemplar, só não está muito claro qual é o exemplo. De qualquer jeito, mantenha-a longe das crianças. Também não tem nada a ver com a crise brasileira, o apartheid, a situação na América Central ou no Oriente Médio ou a grande aventura do homem sobre a Terra. Situa-se no terreno mais baixo das pequenas aflições da classe média. Enfim. Aconteceu com um amigo meu. Fictício, claro.

Ele estava voltando para casa como fazia, com fidelidade rotineira, todos os dias à mesma hora. Um homem dos seus 40 anos, naquela idade em que já sabe que nunca será o dono de um cassino em Samarkand, com diamantes nos dentes, mas ainda pode esperar algumas surpresas da vida, como ganhar na loto ou furar-lhe um pneu. Furou-lhe um pneu. Com dificuldade ele encostou o carro no meio-fio e preparou-se para a batalha contra o macaco, não um dos grandes macacos que o desafiavam no jângal dos seus sonhos de infância, mas o macaco do seu carro tamanho médio, que provavelmente não funcionaria, resignação e reticências... Conseguiu fazer o macaco funcionar, ergueu o carro, trocou o pneu e já estava fechando o porta-malas quando a sua aliança escorregou pelo dedo sujo de óleo e caiu no chão. Ele deu um passo para pegar a aliança do asfalto, mas sem querer a chutou. A aliança bateu na roda de um carro que passava e voou para um bueiro. Onde desapareceu diante dos seus olhos, nos quais ele custou a acreditar. Limpou as mãos o melhor que pôde, entrou no carro e seguiu para casa. Começou a pensar no que diria para a mulher. Imaginou a cena. Ele entrando em casa e respondendo às perguntas da mulher antes de ela fazê-las.

— Você não sabe o que me aconteceu!

— O quê?

— Uma coisa incrível.

— O quê?

— Contando ninguém acredita.

— Conta!

— Você não nota nada de diferente em mim? Não está faltando nada?

— Não.

— Olhe.

E ele mostraria o dedo da aliança, sem a aliança.

— O que aconteceu?

E ele contaria. Tudo, exatamente como acontecera. O macaco. O óleo. A aliança no asfalto. O chute involuntário. E a aliança voando para o bueiro e desaparecendo.

— Que coisa - diria a mulher, calmamente.

— Não é difícil de acreditar?

— Não. É perfeitamente possível.

— Pois é. Eu...

— SEU CRETINO!

— Meu bem...

— Está me achando com cara de boba? De palhaça? Eu sei o que aconteceu com essa aliança. Você tirou do dedo para namorar. É ou não é? Para fazer um programa. Chega em casa a esta hora e ainda tem a cara-de-pau de inventar uma história em que só um imbecil acreditaria.

— Mas, meu bem...

— Eu sei onde está essa aliança. Perdida no tapete felpudo de algum motel. Dentro do ralo de alguma banheira redonda. Seu sem-vergonha!

E ela sairia de casa, com as crianças, sem querer ouvir explicações. Ele chegou em casa sem dizer nada. Por que o atraso? Muito trânsito. Por que essa cara? Nada, nada. E, finalmente:

— Que fim levou a sua aliança? E ele disse:

— Tirei para namorar. Para fazer um programa. E perdi no motel. Pronto. Não tenho desculpas. Se você quiser encerrar nosso casamento agora, eu compreenderei.

Ela fez cara de choro. Depois correu para o quarto e bateu com a porta. Dez minutos depois reapareceu. Disse que aquilo significava uma crise no casamento deles, mas que eles, com bom-senso, a venceriam.

— O mais importante é que você não mentiu pra mim.

E foi tratar do jantar.

sábado, 18 de setembro de 2010

Briga por datas

Só se tem noção de quantas pessoas casam por ano, quando se conversa com profissionais dessa área. Na Igreja do Líbano são quase 300 celebrações por ano e o dia mais procurado é 13 de maio, em homenagem a Nossa Senhora. Segundo Fátima Salvino, secretária dessa igreja, a tendência é aumentar cada vez mais. Nos meses mais fracos, que fogem da “alta estação” de setembro a janeiro, são em média dez a quinze casamentos.

Na Paróquia São Vicente de Paulo, Erivalda Mendes, secretária do padre Raimundo Neto, afirma que, até 2011, não há mais sextas e sábados livres para marcar. “Quando a noiva chega à igreja para procurar uma data de casamento e a gente diz ‘não tem vaga’, ela fica admirada como tem gente casando”, comenta. Em 2009, foram registrados 155 casamentos, com destaque para dezembro e janeiro, os meses mais procurados devido à época das férias.

Fazer a lista de convidados é o primeiro passo para começar o planejamento, para saber qual igreja e bufê comportará adequadamente todos os amigos e familiares. Mas, decidir a data também é primordial e a advogada Renata Pinto, que noivou em 2009, percebeu isso pessoalmente. “No início, quando eu noivei e fui marcar as reuniões com os profissionais, eu achei que estivesse muito adiantada, mas a medida que eu fui conversando com essas pessoas, elas disseram que era esse tempo mesmo. O noivado foi em 2009 e eu fiquei sabendo que a igreja que eu escolhi já estava toda preenchida em 2010, isso com um ano de antecedência. Então, eu passei a ver que eu já estava era atrasada ”, conta.

Em Noivas em guerra, as duas amigas Emma e Liv foram pedidas em casamento e decidem realizá-lo no mesmo local. Por um erro do Plazza Hotel, ambas as cerimônias foram marcadas para o mesmo dia. Diante disso, cada uma delas tenta fazer a outra desistir. Não podiam casar na mesma data, pois uma era madrinha da outra ou, como os norte-americanos dizem: dama de honra. Também não podiam casar juntas, afinal, que noiva gostaria de dividir o seu momento com outra pessoa, senão o noivo?

Então, lembre-se: caso o casal faça muita questão de uma data específica, é melhor correr. Entretanto, se o dia não importa, dê um prazo para se organizar, juntar dinheiro e montar a casa e marque uma data. Pois, no final, o casamento será memorável se os noivos estiverem felizes, não importando se for dezembro, maio ou agosto, pois, como coloca Fátima Salvino, por que Deus faria trinta dias de desgosto?

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Toda a sorte do mundo

Nada de maio ser das noivas ou agosto ser o mês do desgosto. Para Fátima Salvino, por que Deus criaria trinta dias só de tristeza? Bom, isso pode até ter sido deixado de lado, mas ainda há superstições que vigoram antes e durante os casamentos.

Quem não sabe que o noivo ver a noiva antes de casar dá azar? Ou a solteira que pegar o buquê será a próxima a casar? Outro exemplo, também, é que, segundo o cristianismo, o véu simboliza a pureza da noiva. E, assim como ele também serve para proteger contra qualquer vibração ruim, a dama de honra entra antes da noiva para confundir os maus espíritos e absorvê-los todos.

Outra tradição é manter o bolo branco de três andares para representar, cada nível, o compromisso, o casamento e a eternidade. Os noivos cortam juntos a primeira fatia para simbolizar uma vida de partilha e a noiva deve ser a primeira a comer, para garantir a fertilidade.

São muitos os mitos e os costumes passados por gerações. Às vezes nem se tem conhecimento do significado, mas tudo se torna uma brincadeira da ocasião, como colocar o nome das solteiras na barra do vestido, jogar arroz ou pétalas para dar sorte ao casal e, como segue a canção, a noiva deve usar algo velho, algo novo, algo emprestado e algo azul para ter um casamento feliz.

sábado, 11 de setembro de 2010

Promete amar e respeitar?

Antigamente, casamento era para sempre. Visto nos tempos atuais, isso às vezes pode ser invejado ou até mesmo considerado um fardo. Afinal, não se podia divorciar e, quando se tinha essa alternativa, a sociedade reprimia e isolava a desquitada, como uma forma de não influenciar ou de evitar más vibrações para os casais.

Em O clube das desquitadas, as três personagens Brenda Cushman (Bette Midler), Elise Elliot (Goldie Hawn) e Annie Paradis (Diane Keaton) mostram-se, inicialmente, frágeis diante do divórcio. Entretanto, aprenderam a ter mais confiança em si e a lidar com mais bom humor com a situação vivenciada. É engraçado elas se unirem para vingar-se por serem trocadas por mulheres mais novas e, às vezes, até desejaríamos fazer o mesmo diante da mesma situação, porém não desejo apoiar a vingança ou fazer aqui uma campanha a favor ou contra o divórcio. Então, o que quero?

Primeiro, está se tornando comum as pessoas casarem já pensando que, se não der certo, pode-se separar. Mas, dessa forma, a união perde todo o seu real significado, não é? Se não for para conviver e querer ficar com outro para sempre, então é melhor continuar namorando até encontrar um que seja. Os primeiros anos são os mais difíceis, segundo as minhas amigas casadas, então, deve-se ter paciência, tentar evitar brigas desnecessárias e, o mais importante, aprender a respeitar o outro.

Contudo, se o casamento não der certo, é melhor manter a integridade, do que utilizar o termo "intimidade", para justificar as atitudes grosseiras. Casar não deve ser um martírio, deve ser um prazer. No seriado Separação?!, Karin (Débora Bloch) e Agnaldo (Vladimir Britcha) vivem sob um mesmo teto, mas agem de maneira exageradamente ignorante e maldosa, repleta de ofensas e planos para prejudicar o outro. Eles não são obrigados a estarem casados, entretanto, tratam-se como se alguém estivesse algemando-os.

Não estou dizendo que ex-maridos e ex-esposas precisam ser melhores amigos, mas deve ser mantido o respeito. Às vezes, o "até que a morte os separe" acaba não virando realidade, porém isso não significa que um contrato obrigará alguém a ficar junto com outra pessoa ou que não haverá outra oportunidade para um novo amor.

Segundo os dados do IBGE, para cada quatro casamentos, acontece um registro de divórcio. Entretanto, em 2007, foi registrado no Brasil um aumento de 2,9% com relação a 2006. Um total de 916.006 casamentos. Isso significa que a instituição funcionando ou não da maneira planejada, as pessoas continuam acreditando na oficialização da união e querendo encontrar o seu "felizes para sempre".

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Paróquia São Vicente de Paulo

Paróquia São Vicente de Paulo
Avenida Des. Moreira, 2211 A - Dionisio Torres
Secretária: Erivalda Mendes Vieira
E-mail: psvp@paroquiasaovicente.com.br
Web site: www.paroquiasaovicente.com.br
3224.6489

Para casar?
- Pode-se marcar de segunda-feira a sábado
$ Igreja climatizada, juntamente com o padre e o tapete: R$ 720
Igreja, sem ar condicionado, apenas com o padre e o tapete: R$ 360
$ O espaço do salão para recepção climatizado: R$ 480
O espaço do salão sem ar condicionado: R$ 240

Observações:
- O preço não varia dependendo do dia;
- Em um dia de muito calor ou de chuva, tanto a igreja, como o salão dentro da igreja, que pode ser contratado para a festa, tem ar condicionado;
- A igreja comporta até 700 pessoas (embora geralmente façam casamentos para 200 pessoas), mas o salão tem capacidade para 250 pessoas sentadas;
- Até 2011, não há mais sextas-feiras e sábados livres para casamentos.

* Quando for marcar, confirme os preços,
pois pode haver reajustes.
* Mais informações da Paróquia
São Vicente de Paulo.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Para enfeitar o chá

Para quem gosta dos detalhes na mesa, os biscoitos com
formatos dos noivos ou, para o chá de lingerie, com o formato
de uma mulher com roupas íntimas são super delicados
e bonitos para incorporar a decoração da festa.
E depois, para quem gosta, é só comer.


Pirulito de chocolate é uma ótima pedida para
lembrança do chá de panela, ressaltando que é um delícia
.

Fotos por Camiℓa Oℓiveira

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Lista muito exigente

Convite de casamento em mãos, chegou o momento dos convidados comprarem os presentes. Às vezes, o casal não deixa nome de loja ou muito menos especifica quais eletrodomésticos ou utensílios de casa desejam ganhar. Outros, descrevem até a marca que querem.

Diante disso, penso: seria exploração colocar na lista coisas tão caras? Os convidados devem custear os luxos do futuro casal? Não seria mais interessante deixar em aberto e depois trocar pelo o que se quer?

Em junho deste ano, Sheila Mello e Fernando Scherer (Xuxa) casaram sob muitos holofotes e comentários sobre sua lista de casamento. Isso porque o item mais barato era uma cafeteira e um espremedor de laranja, por R$99.

Analisando a conta bancária dos convidados, sabemos que cada um deles tem condição de dar presentes desse valor ou muito mais caro. Entretanto, o fato de colocar uma televisão 3D de R$ 7.907,91, que aliás eles ganharam, ou um telefone sem fio de R$ 172,11 a R$ 307,25, não é para deixar as pessoas bem à vontade, como o ex-nadador afirmou desejar.

Por serem famosos, são liberados a ter essas extravagâncias? Não se deveria dizer o que se quer ganhar apenas se perguntarem? Bom, essa exigência nos presentes não é exclusiva de celebridades ou pessoas que se apaixonaram em reality shows. Então, o que se pode fazer diante dessa situação, como convidado, é comprar o objeto que você acha que o casal mereça, estando na lista ou não.

♥ Se você quiser comprar um conjunto de panela e o casal já anotou qual queria, melhor fazer a vontade deles. Ou, então, escolha um item que não esteja especificado na lista, pois quando se dá um modelo diferente do escolhido pelos noivos, aparenta que só se fez isso pelo preço.

Quero deixar claro que não estou reclamando de preços abusivos na lista, até porque muitos nem ganham salários tão gordos e dão presentes muito bons e caros. Onde quero chegar é: restringir os itens na lista de casamento intimida um pouco os convidados. Apesar de facilitar em alguns pontos, pois já esclarece qual modelo ou marca se prefere, às vezes a intimidade não é tanta para querer se dar um presente tão caro. Por isso, é melhor o casal pensar duas vezes antes de fazer a sua lista.

sábado, 4 de setembro de 2010

Por que oficializar?

Os empecilhos criados durante os planejamentos ou o medo de que um papel possa mudar um relacionamento por completo não podem acabar ou prejudicar a vontade do casal querer ficar um com o outro ou o sentimento primeiro: o amor.

O termo “casamento” carrega em seu nome o significado de união. “Antes de tudo, casamento é companheirismo. É partilhar a sua vida, os seus ideais, com o outro. Então, você passa a não pensar só em você, mas tudo em dois”, define a administradora de empresas Fabíola Coêlho, 38 anos. Depois de quatro anos de relacionamento, ela se tornou, neste ano, noiva pela terceira vez. Fabíola nunca deixou de acreditar que encontraria uma pessoa para partilhar tristezas e alegrias, mesmo com dois outros casamentos de curta duração. “Casar é um sonho para a maioria das mulheres e eu sempre soube que iria casar. Eu sou romântica”, acrescenta.

Citando o juiz de seu casamento civil, Fabíola afirma que a celebração do casamento nunca vai ruir. “É um ato em que você está querendo celebrar o amor. É você dizer ao outro o quanto você está querendo firmar o compromisso por um longo tempo, quem sabe até para a vida inteira. É celebrar com os entes, parentes e amigos”.

O cerimonialista César Serra, em palestra no Fest Noiva Ceará 2010, acredita que casamento é tradição. Por consequência da cultura da família, muitos noivos decidem formalizar a união pela vontade dos pais e para dar satisfação à sociedade. “[O casamento] acontece muito por obrigação dos pais. Eles não aceitam a história de viver sem a benção, até quando [os noivos] estão mais velhos”, comenta Erivalda Mendes, secretária da Igreja São Vicente de Paulo.

Saindo da realidade

Carrie Bradshaw, personagem do seriado Sex in the city, passou quase todas as seis temporadas terminando e reatando o seu relacionamento com Big. No filme, finalmente ele decide ceder aos seus desejos e pedi-la em casamento. Ele não acredita na instituição, pelo fato do seu primeiro matrimônio ter resultado no seu primeiro divórcio, por isso relutava em ajoelhar-se e oficializar a sua união e o seu amor com Carrie.

Big pede que seja uma celebração com a presença de apenas amigos íntimos, entretanto, a lista de convidados e a festa tomaram grandes proporções. O medo e a ansiedade tomou a sua mente e fez com que ele não descesse do carro e fosse ao encontro de Carrie até o altar.

Ao mesmo tempo que Big não viu a desilusão que causava em Carrie, ela não notou o quanto ultrapassava os limites do psicológico dele. A partir do momento que ambos perceberam que o principal era estarem juntos, foram ao cartório, assinaram os papéis e comemoraram em um restaurante comum de Nova Iorque. Nada de brilho, enormes gastos. Todos estavam felizes pelo evento, é isso que importa. Pense nisso.
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