quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Doze meses depois

Por garantia, se não tem bolo, então guarda-se bem-casado. E, como disse, minha sogra faz como manda a tradição. Uma vez por mês - ou até com mais tempo - abro a porta do congelador para ver quais deles completaram aniversário, bodas de algodão. E é nessas horas que vejo a importância de colocar uma tag para facilitar a busca. Por isso, fica a dica de deixar claro em um papel: nome dos noivos e também a data do casamento.

Para os temerosos, não se preocupe, quando bem guardado, ele não dá dores na barriga, constipação ou outros danos aos movimentos peristálticos naturais. Alguns até conservam o sabor de antes, não chega a ser como um vinho que realça e aprimora o gosto, mas reservam a mesma textura e sabor como se somente tivesse dormido na geladeira após a festa.

É verdade que alguns têm o seu recheio um pouco congelado, o "bolinho" um pouco mais duro, no entanto quando o perfeito é mordido e encontra-se com as papilas gustativas, toda a tradição e os votos desejados de um próspero casamento dão uma recompensa saborosa pela espera. De fechar os olhos.

E, sinceramente, muitos bem-casados são bons no dia do casamento e até mesmo nos dias seguintes a festa, quando guardados na geladeira, mas poucos realmente conseguem render as mesmas sensações após doze meses. Às vezes, a espera vale a pena, outras ela vira só um esforço congelado em nome da tradição. Ainda bem que eu nunca li nada a respeito dessa tradição que o sabor estava diretamente relacionado com a prosperidade do casamento.

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