quinta-feira, 30 de maio de 2013

Não pense com a barriga

No cardápio, os nomes dos pratos podem até exalar requinte, porém escolher o menu do casamento deve ir além dessa lista do restaurante. É importante conhecer quais serão os ingredientes usados e a maneira a qual será realizado a comida. O consultor gastronômico Maurício Jacques esteve presente em um evento de noivas em Fortaleza para orientar as noivas sobre o que é melhor não arriscar colocar à mesa.
  1. O tomate seco virou mania nos pratos de restaurantes na década de 1990. Atualmente, ele passou de moda, no entanto não é por esse motivo que Maurício não recomenda. A preocupação está em como é produzido esse tomate ou qual estado dele quando é comprado.
  2. Antes de escolher o caranguejo, pense duas vezes. Quando o mercado está em baixa, tende a mercadoria ficar em baixa qualidade. Somado a isso, pelo fato de ser muito manuseado durante a construção do prato, é possível que quando seja exposto no buffet, a carne já esteja estragada.
  3. Duvide e questione sobre o brócolis usado no arroz. É congelado? Se for, cancele o pedido. E se o tomate não for fresco no molho ao sugo e o aspargo não for fresco na salada, também pode cancelar esses itens.
  4. Visite a cozinhe, prove os pratos antes de escolher e aprovar para o menu do seu casamento.
  5. Para evitar a ressaca no dia seguinte, peça para não colocarem açúcar nas caipirinhas e, sim, melaço. Também evite leite condensado.
  6. Opte por um formato de macarrão maior, como o penne. Fica mais fácil de comer e não se sujar.
  7. Fuja de produtos fora de época e da região, como frutas (figo), aspargos ou cogumelos.
  8. Coloque um toque seu na festa e diga como orgulho "fui eu que fiz", seja comida ou decoração de algo da receita.
  9. Para um toque regional na bebida, que tal gelo com sabor de água de coco ou de alguma fruta?

A orientação é focar em ingredientes da terra e pratos genuinamente brasileiros. Esses dois quesitos atendem as questões culturais, facilitam encontrar ingredientes de qualidade por um bom custo e benefício, além de ser mais possível um resultado que condiz com o nome da receita. Porque, como diz Maurício, tem muito risoto que é, na verdade, apenas arroz de camarão. Ou, então, tem muitos que querem reproduzir um prato estrangeiro, mas não seguem fielmente ao modo de preparo ou aos ingredientes.

Por isso, a moda é adaptar antigos pratos da "vovó" ou pegar alimentos comuns nas refeições dos brasileiros e fazer uma nova apresentação, como o dadinho de tapioca com geleia de pimenta. Eu tive o prazer de provar esse aperitivo durante a palestra. Bem, depois de degustar pude compreender porque alguns modificam o formato para tijolo. Um dado não é suficiente para apreciar tamanha delícia.

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