sábado, 11 de setembro de 2010

Promete amar e respeitar?

Antigamente, casamento era para sempre. Visto nos tempos atuais, isso às vezes pode ser invejado ou até mesmo considerado um fardo. Afinal, não se podia divorciar e, quando se tinha essa alternativa, a sociedade reprimia e isolava a desquitada, como uma forma de não influenciar ou de evitar más vibrações para os casais.

Em O clube das desquitadas, as três personagens Brenda Cushman (Bette Midler), Elise Elliot (Goldie Hawn) e Annie Paradis (Diane Keaton) mostram-se, inicialmente, frágeis diante do divórcio. Entretanto, aprenderam a ter mais confiança em si e a lidar com mais bom humor com a situação vivenciada. É engraçado elas se unirem para vingar-se por serem trocadas por mulheres mais novas e, às vezes, até desejaríamos fazer o mesmo diante da mesma situação, porém não desejo apoiar a vingança ou fazer aqui uma campanha a favor ou contra o divórcio. Então, o que quero?

Primeiro, está se tornando comum as pessoas casarem já pensando que, se não der certo, pode-se separar. Mas, dessa forma, a união perde todo o seu real significado, não é? Se não for para conviver e querer ficar com outro para sempre, então é melhor continuar namorando até encontrar um que seja. Os primeiros anos são os mais difíceis, segundo as minhas amigas casadas, então, deve-se ter paciência, tentar evitar brigas desnecessárias e, o mais importante, aprender a respeitar o outro.

Contudo, se o casamento não der certo, é melhor manter a integridade, do que utilizar o termo "intimidade", para justificar as atitudes grosseiras. Casar não deve ser um martírio, deve ser um prazer. No seriado Separação?!, Karin (Débora Bloch) e Agnaldo (Vladimir Britcha) vivem sob um mesmo teto, mas agem de maneira exageradamente ignorante e maldosa, repleta de ofensas e planos para prejudicar o outro. Eles não são obrigados a estarem casados, entretanto, tratam-se como se alguém estivesse algemando-os.

Não estou dizendo que ex-maridos e ex-esposas precisam ser melhores amigos, mas deve ser mantido o respeito. Às vezes, o "até que a morte os separe" acaba não virando realidade, porém isso não significa que um contrato obrigará alguém a ficar junto com outra pessoa ou que não haverá outra oportunidade para um novo amor.

Segundo os dados do IBGE, para cada quatro casamentos, acontece um registro de divórcio. Entretanto, em 2007, foi registrado no Brasil um aumento de 2,9% com relação a 2006. Um total de 916.006 casamentos. Isso significa que a instituição funcionando ou não da maneira planejada, as pessoas continuam acreditando na oficialização da união e querendo encontrar o seu "felizes para sempre".

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